Tudo o que um lápis pode conter
Espaço de partilha sobre as actividades de Expressão como Actividades Globalizantes e Interdisciplinares fundamentais no desenvolvimento da criança. Teve por base a acção de formação que já partilhei ao longo de alguns anos, mas pretende-se ir mais além...Compreender a arte da criança, simplesmente respeitando-a, nesse acto individualizado de expressão
livre, que só a si lhe pertence e como tal deve ser respeitado. Espaço ainda para a literatura infantil como mediador e receptor da expressão livre e espaço para a arte em geral!
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Afinal o Caracol... não é um espetáculo para bebés...
Andante é uma companhia de teatro que tem como objectivo principal a promoção
da leitura, a sedução de leitores. Transformam livros de poesia, romances,
contos, em espetáculos de teatro.
No seu site pode-se encontrar o que dizem deles:
No seu site pode-se encontrar o que dizem deles:
"... uma das grandes dificuldades que encontramos, é conseguir explicar aos outros, por palavras, aquilo que somos e o que fazemos. O nosso trabalho não se encaixa em rótulos já existentes e ainda não conseguimos inventar um para nós. (...) Os textos que usamos – poemas, principalmente - são representados e não declamados. Somos até contra a declamação.(...) Parece teatro, não parece? E é.
Aos livros retiramos as palavras, depois envolvemo-las na sua própria sonoridade e acrescentamos sons e músicas. Misturamos tudo e servimos sob a forma de espetáculo teatral."
Sediados em Alcochete passam a maior parte do tempo a percorrer o país. Levam o trabalho muito a sério mas divertem-se muito.
Sobre esta última frase está toda a essência deste projeto, recentemente criaram um espetáculo de promoção da leitura para bebés - Afinal o Caracol, com poesia de Fernando Pessoa, música de Joaquim Coelho e ilustrações de Mafalda Milhões no cartaz e execução de livro, revelam-nos o quanto se divertem enquanto divertem os que assistem.
Afinal o Caracol, revela-nos em cena a história de um caracol, das cócegas que ele fazia, de como ele virava e girava, e de como acabou por não cair.
Sobre este espetáculo referem "Brincamos com as palavras. São o nosso brinquedo favorito. Brincamos com a música das palavras, com a leveza das palavras, com o tamanho das palavras, com a pressa e a lentidão das palavras e também... com o silêncio."
Aos livros retiramos as palavras, depois envolvemo-las na sua própria sonoridade e acrescentamos sons e músicas. Misturamos tudo e servimos sob a forma de espetáculo teatral."
Sediados em Alcochete passam a maior parte do tempo a percorrer o país. Levam o trabalho muito a sério mas divertem-se muito.
Sobre esta última frase está toda a essência deste projeto, recentemente criaram um espetáculo de promoção da leitura para bebés - Afinal o Caracol, com poesia de Fernando Pessoa, música de Joaquim Coelho e ilustrações de Mafalda Milhões no cartaz e execução de livro, revelam-nos o quanto se divertem enquanto divertem os que assistem.
Afinal o Caracol, revela-nos em cena a história de um caracol, das cócegas que ele fazia, de como ele virava e girava, e de como acabou por não cair.
Sobre este espetáculo referem "Brincamos com as palavras. São o nosso brinquedo favorito. Brincamos com a música das palavras, com a leveza das palavras, com o tamanho das palavras, com a pressa e a lentidão das palavras e também... com o silêncio."
afinal o Caracol...
25 minutos - dos 6 meses aos 3 anos
25 minutos - dos 6 meses aos 3 anos

é para todos aqueles que se deliciam nas palavras da poesia, se enternecem na sonoridade das palavras, na beleza das expressões faciais, no riso que abre as portas do sentido para a vida, na ambiguidade que possibilita outras leituras e interpretações.
Isto se nos centrarmos apenas no que visualmente nos é oferecido, e não me alargar à música de Joaquim Coelho que nos embala e enternece ou ao livro fabuloso criado pela Mafalda Milhões
Não existem palavras para descrever a beleza indescritível de um espetáculo que é perfeito. Extremamente bem pensado, encenado por Fernando Ladeira, para resultar de modo simples e ser soberbo!! Por isso mesmo desenganem-se com a indicação da faixa etária no cartaz. É um espetáculo que comove de tanto deliciar pequenos como graúdos.
Parabéns Andante Associação.
Não posso deixar de felicitar, com um carinho muito especial, a Cristina Paiva, na representação deste espetáculo, que de modo sublime, como já nos habituou, constrói imagens que remetem ao nosso imaginário e para a qual não existem mais sinónimos senão a palavra deslumbrantemente belo e harmoniosamente provocador aos nossos sentidos.
Para finalizar, podemos levar para casa o CD, este não é só uma banda sonora do espetáculo, constitui por si só uma beleza estética audível que completa as nossas emoções e reminiscências infantis.
Podem-no solicitar em: http://www.andante.com.pt/afinal_caracol.html

Jorge Luis Borges
ECOS
Afinal o Caracol
Elvira Silva
Elvira Silva
"Afinal o
Caracol é o espetáculo mais recente da Andante, companhia
de teatro que tem como principal
objetivo a sedução da leitura, transformando em espetáculos de teatro o
que leem em livros de poesia, romances ou contos.
Brincam com as palavras, criam novas roupagens com
música e movimento, dão-lhes outra sonoridade, brincando com os seus sons ou
mesmo com o silêncio.
Afinal o Caracol, com poesia de Fernando
Pessoa, é a
história de um
caracol, das cócegas que ele fazia, de como se virava e girava, um espetáculo
indicado de promoção da leitura para bebés.
No entanto, desenganem-se! Quem assiste a este espetáculo pode
confirmar que Afinal o
Caracol não é para
crianças dos 6 meses aos 3 anos. É para todos aqueles que se deliciam com as palavras da
poesia, se enternecem com
a sonoridade das palavras, com a beleza das expressões faciais, com o riso que abre as portas do sentido
para a vida, com a
ambiguidade que possibilita outras leituras e interpretações.
E isto apenas se nos centrarmos no que visualmente
nos é oferecido pela
Cristina Paiva na sua representação deste espetáculo, que, de modo sublime,
constrói imagens que remetem ao nosso imaginário, tornando-o deslumbrantemente
belo e harmoniosamente provocador dos nossos sentidos. Para além da representação existe a música alegórica de
Joaquim Coelho, que nos embala e enternece, ou o livro fabuloso criado pela Mafalda Milhões.
Impossível
encontrar as palavras certas para descrever a beleza de um espetáculo perfeito,
extremamente bem pensado, encenado por Fernando Ladeira, para resultar de modo
simples e ser inaudito! Por isso mesmo desenganem-se com a indicação da faixa
etária no cartaz. É um espetáculo que comove, de tanto os deliciar, pequenos e graúdos.
Para além disso, existe ainda o CD,
que não é apenas a
banda sonora do espetáculo, constituindo
um objeto de beleza estética audível que completa as nossas emoções e
reminiscências infantis.
Podem pedi-lo em: http://www.andante.com.pt/afinal_caracol.html
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Prémio Nacional de Ilustração 2011

Nas palavras do júri «Em cada página, personagens e cenário hesitam inconformados com o imprevisível de situações minuciosas e com escolhas coerentes entre o recorte e a delicadeza do traço. A dimensão elíptica do texto permite que a imagem construa narrativas paralelas sinergicamente disponíveis para a perceção atuante sobre o microssistema visual.»
O PNI foi atribuído à obra «Os animais domésticos», da Maria João Worm e a outra Menção Especial ao livro «Cesário Verde - Antologia poética», do José Manuel Saraiva.
O júri destacou ainda a obra de André Letria, pelas ilustrações de «Se eu fosse um livro».
Publicado por Pedro Moura
Em termos de produção, este livro contém material feito antes de Electrodomésticos Classificados, com o qual estabelece mais do que uma afinidade, quer dizer, para além da óbvia relação de pertencer à mesma mão autoral, partilha elos semânticos, iconológicos, temáticos, etc. Essa informação, porém, é um problema em si mesmo. Por um lado, trata-se de uma camada cujo acesso não é universal aos leitores, logo, é totalmente desprovida de importância para a leitura, interpretação e fruição da obra da sua parte (tal como é a liberdade de ler um livro de uma autora e não ler um outro da mesma, e isso não significar uma leitura mais pobre necessariamente). Por outro, mal ela surge, é impossível dissipá-la e não querer que estabeleça uma qualquer pressão de interpretação sobre o livro e, até retrospectivamente, sobre o outro.
Este é um objecto belíssimo, em acordeão, impresso em offset, mas baseado em trabalhos da artista em linogravura (julgamos nós), feitos sobre papel de seda, multicoloridos, com legendas escritas numa ponta de lápis afinadíssima e ainda a intervenção de carimbos. Tudo isto faz parte do arsenal material de Maria João Worm, que sempre foi não apenas pluridisciplinar mas totalmente livre, flutuante e mesclado. O resultado são 9 imagens, cada uma com um animal (nalguns casos aos pares, num só dois animais) diferente ocupado numa tarefa doméstica - passar a ferro, lavar os rodapés estender a roupa, lavar a loiça. Há ainda um texto final, que pode ser visto como uma mistura de texto explicativo e programático, pequeno poema em prosa, ou condutor de ideias. Nele, a autora (imaginemos que se trata de um exercício autobiográfico) conta como quando começou a cumprir tarefas domésticas as suas referências eram do mundo da arte, o que a levaria a ser como “Bonnard a dar banho à loiça” ou “Matisse nas molas”… O resultado é que a sua “profissão sincera era a de doméstica plástica”. Que cada animal ou par de animais seja uma projecção de uma mesma pessoa parece estar prometida na capa da publicação, onde uma mulher se encontra numa pausa do seu trabalho, rodeada dos seus animais. O que veremos no interior serão o seu sonho acordado?

De certa forma, é como se fosse uma forma de dar corpo ou imagem a uma tradição popular portuguesa, que encontra nos “Contos da Carochinha” a sua prestação mais acabada. Seria interessante levantar daí as implicações sócio-culturais, os papéis que os animais tinham para representarem tipos da paisagem portuguesa, a distribuição de papéis ao longo de linhas sexuais, económicas e culturais, e tentar encontrar que ecos poderiam ter com estes animais domésticos. Estas imagens, e os seus brevíssimos textos explicativos, legendas quase desprovidas de qualificativos, criam uma imagem ideal do espaço doméstico, semi-ficcional semi-realista. Os pormenores gráficos, a forma como alisam a representação e tornam cada um destes espaços numa superfície (independentemente de serem trabalho de gravura, que implica sempre uma ideia de profundidade, de escavamento dessa mesma superfície lisa original, e esta questão complicar-se-á com o uso das cores), concorrem para essa imagem idealizada.

Ao mesmo tempo, a moldura branca em torno das imagens centrais, a sua colocação no centro da página, e as letras a lápis muito bem desenhadas, fará recordar também um álbum de fotografias, no qual quem o compõem anota uma breve rememoração, para mais tarde recordar. Daí que algumas sejam meramente descritivas, sem mais - “1 Porco passa a ferro se 1 Peixe borrifar a água” -, outras acrescentem informações circunstanciais - “2 Coelhos estendem a roupa num dia de vento” - , outras ainda atinam numa sensação da personagem - “1 Gato a sacudir minuciosamente um pano do pó á janela”. Claro que aquele “se” da primeira frase já possui em si mesmo a promessa de um desdobramento maior narrativo, estabelecendo uma relação, mais do que de cooperação, de dependência entre um e outro, senão mesmo hierárquica. Porque é que o peixe poderá não borrifar a água? Por uma briga anterior? A relação entre os dois encontra-se frágil?
Os usos que este livro poderá conter, parece-nos, é tão alargado quanto o número dos seus eventuais leitores. É um livro que nos parece habitar um território tão vasto quanto reduzido, onde se cruzarão muitas fronteiras, de livro de artista a livro ilustrado infantil, de exercício plástico a mais um bloco na operação contínua da obra de Maria João Worm.
No fim do dia, é um livro, unidade autónoma e provida de vida própria, e isso é já em si uma enorme conquista.
Publicada porPedro Moura in: http://lerbd.blogspot.pt/2011/10/animaos-domesticos-maria-joao-worm.html
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Curso de Livro Infantil
Curso de Livro Infantil,
por Carla Maia de Almeida
Objetivos:
Este curso não é uma oficina de escrita nem está vocacionado para a formação do leitor e para as ações pedagógicas associadas à leitura. Pretende-se, sim, explorar o universo do livro infantil tomando-o como objeto total, privilegiando a componente literária, mas sem negligenciar outros campos como a ilustração, a edição ou a sua evolução histórica. Será dado ênfase ao livro para crianças e não para adolescentes, que consideramos integrado numa lógica de funcionamento própria. Serão mostrados e trazidos à discussão dezenas de títulos, sejam portugueses, traduções ou originais noutras línguas. Estas escolhas refletem o gosto pessoal e as idiossincrasias da formadora e não têm qualquer pretensão de exaustividade nem de doutrinação.
Público-alvo:
Estudantes de literatura, edição e educação; professores, bibliotecários e educadores; pais e outros mediadores da leitura junto das crianças; ilustradores; livreiros. Todos os que gostam de ler livros para crianças.
Formadora:
Carla Maia de Almeida (Matosinhos, 1969) é jornalista freelancer, escritora, formadora e tradutora na área do livro infantil. Atualmente, é responsável pelas páginas de divulgação e crítica de livros para crianças na revista LER. Licenciada e pós-graduada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, tem uma pós-graduação em Livro Infantil pela Universidade Católica Portuguesa. Na Caminho, publicou O gato e a Rainha Só (ilustrações de Júlio Vanzeler, 2005), Não Quero Usar Óculos (ilustrações de André Letria, 2008), Ainda Falta Muito? (ilustrações de Alex Gozblau, 2009) e Onde Moram as Casas (ilustrações de Alexandre Esgaio, 2011). Foi a primeira autora de livros para crianças a beneficiar de uma residência no estrangeiro com o apoio da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas, em outubro de 2010. Escreve sobre livros e não só no blogue
Programa:
1.ª Sessão: Era uma vez um reino incerto
Introdução ao curso. Que coisa é essa da «literatura infantil?». Origens e desenvolvimento do livro para crianças em Portugal. Do livro de conceitos ao romance juvenil: diferentes géneros de um produto editorial específico mas pleno de ambiguidades. Breve panorama do mercado do livro infantil. A quem serve a crítica da literatura infantil.
2.ª Sessão: Contar para dar nomes às coisas
Os contos como desdobramento da vida interior e construção de sentido. Contos de fadas, contos tradicionais ou contos maravilhosos? O lobo mau não é vegetariano – sobre a temida crueldade dos contos. Não há temas difíceis, apenas livros que funcionam (ou não). A importância de contar histórias e o impacto da tradição oral no livro infantil.
3.ª Sessão: Some like it hot
Características e especificidades da tradução de livros para crianças. Alguns exemplos práticos. Autores estrangeiros – das coleções de clássicos da era de ouro das publicações juvenis aos autores contemporâneos e indispensáveis num Plano Pessoal de Leitura. Picture books: a nossa seleção incompleta.
4.ª Sessão: A arte de iluminar as palavras
Breve História da ilustração de livros para crianças. Diferentes linguagens e técnicas de ilustração. A expansão do picture story book (ou álbum) como campo contemporâneo de experimentação estética. Relação entre texto e imagem. O elo perdido no virar da página de um picture story book. Pop-ups e livros só com imagens são literatura?
5.ª Sessão: Posso usar a palavra «vislumbrar»?
Escrever para crianças: a ilusão da facilidade. Transformar o simples em complexo e vice-versa. Ritmo, fluência, densidade e substância. As boas ideias caem do céu. A perceção cosmológica da criança segundo Bachelard. Os Dez Mandamentos do Escritor. Escritores de livros para crianças e autoimagem. Um PPL – Plano Pessoal de Leitura.
6.ª Sessão: Isso não é para a tua idade!
Como escolher livros para crianças. Chaves de interpretação qualitativas para texto e ilustração. Erros mais frequentes. Orientação de leituras por idades, interesses temáticos e personalidade. Cativar o leitor relutante. A leitura literária como suporte de valores para o autoconhecimento e interação da criança com o mundo.
Sugestões bibliográficas:
— A Emancipação da Literatura Infantil, Manuel António Teixeira Araújo (Campo das Letras);
— A Formação do Leitor Literário, Teresa Colomer (Global Editora);
— Breve História da Literatura para Crianças em Portugal, Natércia Rocha (Caminho);
— Children’s Literature, Peter Hunt (Blackwell Publishing);
— Contar Con Los Cuentos, Estrella Ortiz (Palabras del Candil);
— Illustrating Children's Books, Martin Salisbury (A & C Black);
— Crítica, Teoria e Literatura Infantil, Peter Hunt (Cosac Naify);
— Poética da Literatura para Crianças, Zohar Shavit (Caminho);
— Psicanálise dos Contos de Fadas, Bruno Bettelheim (Bertrand);
— Mujeres Que Correm Com Los Lobos, Clarissa Pinkola Estés (Ediciones B);
— Words About Pictures, Perry Nodelman (Georgia).
Dados técnicos:
N.º de sessões: 6.
Datas: 14, 16, 21, 23, 28 e 30 de maio de 2012.
Horário: 18.30-21.30.
Total de horas: 18.
Propina: 225,00 €.
Descontos: 10% para todos os ex-alunos Booktailors e estudantes. 50% para desempregados e recém-licenciados. (Descontos não acumuláveis.)
Local: Bookoffice - Rua dos Fanqueiros, N.º 96 3.º Esq., 1100-232 Lisboa.
Para se inscrever, por favor envie CV (com a referência: LivInf V) para : formacao@booktailors.com.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Bom Dia Benjamim

"Bom dia Benjamim" começou por ser um CD e um livro com um conjunto de canções que contavam a história de um dia da vida do Benjamim, um rapaz de seis anos, desde que acordava até que, de novo, se deitava. As canções e os pequenos diálogos entre elas reflectiam o universo real e fantasioso da vida das crianças daquela idade, desde a relação com os pais, a ida para a escola, os amigos, até aos sonhos e pesadelos, a morte do gato ou o mistério do Tempo. O passo seguinte foi fazer uma peça de teatro que estreou no CCB em 98, no âmbito do Festival dos 100 dias. O tempo passou mas para toda a equipa envolvida o sentimento foi unânime: este foi um projecto que marcou as nossas vidas. Não só profissionalmente mas sobretudo de forma pessoal, pelo que ele significou para cada um de nós. Foi um encontro feliz de pessoas de muitas áreas, que resultou numa memória gratificante para todos os que o fizeram.

A ideia começou por ser do José Peixoto, que compôs uma canção para oferecer à sua filha Joana quando ela fez seis anos. O José desafiou o Paulo Curado para compor outras canções com ele e desafiou-me a mim para escrever as letras. Eu baptizei o rapaz e convidei o Miguel Viterbo e o Rui Cardoso Martins para escreverem comigo as letras e as pequenas histórias. Depois juntaram-se o João Paulo Esteves da Silva, para compor canções, e o José Salgueiro para também compor e produzir.

A Maria João foi a voz cantada do Benjamim e a Teresa Sobral a voz do Benjamim nos diálogos. Cláudia Cadima foi a mãe, Carlos Paulo foi o pai e Ana Brandão, o amigo André. A direcção musical foi do José Mário Branco e a sonoplastia e montagem do João Pedro de Castro.
O boneco do Benjamim e toda a ilustração foram da autoria da Cristina Sampaio, e o design do álbum e do livro do Vasco Colombo.
Na peça de teatro o Benjamim (Teresa Sobral) tinha dois amigos imaginários: o Assim e o Assado, que diziam como é que as coisas eram. Um era o Marco Horácio e o outro o Miguel Andrade. A encenação era do António Feio.

Com os quinze anos veio a óptima e inesperada notícia de uma reposição da peça, numa nova versão, no CCB, em 2012.
A possibilidade de o voltarmos a fazer é um regresso a um sítio onde somos felizes.
(Nuno Artur Silva)
in: http://nunoartursilva.blogs.sapo.pt/55642.html
Levado a cena, em março de 2012, por Teresa Sobral que na altura, em 1998, interpretou Benjamim.
Aqui ficam as músicas cujas letras aprecio imenso e trabalho vezes sem conta na minha prática profissional e são da autoria de Nuno Artur Silva (responsável pelo post que publico)
in: http://nunoartursilva.blogs.sapo.pt/55642.html
Aqui ficam as músicas cujas letras aprecio imenso e trabalho vezes sem conta na minha prática profissional e são da autoria de Nuno Artur Silva (responsável pelo post que publico)
segunda-feira, 2 de abril de 2012
2 de Abril
Peter Reynolds é daqueles autores fantásticos, que na simplicidade do que ilustram sem muito dizerem, deixam a sua marca, alíás o seu lema, basta visitar o seu site ou ler os seus livros para compreender essa premissa.
Essa marca visivel na mensagem que apela ao respeito e à criatividade infantil, sublime no seu livro "Ish" ou em "The dot" (já traduzido para português "O ponto" e editado pela Bruá). Mais do que ligar a convenções apela à necessidade de acender a criatividade em cada um de nós.
Não fosse já bastante para me identificar com essa mensagem e me deliciar, eu que acredito que cada criança é única e que a ela se deve o direito à expressão livre, Peter Reynolds apela à diferença apelando para que o mundo seja melhor evidenciando a riqueza da diferença como ele faz de forma magistral, sem palavras, numa curta metragem com ilustrações de sua autoria e produzida por FableVision para SARRC (Autism Research Sudoeste e Centro de Recursos). O pequeno video evidencia a solidão de uma criança com espectro do autismo e o impacto de mudança de vida em cada cada um de nós quando as conhecemos e com elas nos relacionamos...Necessário é acreditarmos...
Sendo hoje o dia da conscencialização do autismo e paralelamente o Dia Internacional do Livro Infantil, este post é dois em um... porque, afinal isto anda tudo ligado, nós é que às vezes não lemos nas entrelinhas...
EC
I'm Here
Ver também: http://pontosdevista-ec.blogspot.pt/2012/04/2-de-abril.html
EC
I'm Here
Ver também: http://pontosdevista-ec.blogspot.pt/2012/04/2-de-abril.html
Etiquetas:
Dia Internacional do Livro Infantil,
Peter Reynolds
domingo, 1 de abril de 2012
Dia Internacional do Livro Infantil.
Com o objetivo de promover o gosto pela leitura junto dos mais novos, comemora-se amanhã a 2 de Abril – data de aniversário do escritor Hans Christian Andersen – o Dia Internacional do Livro Infantil.
A DGLB assinala esta data com a publicação de um cartaz da autoria de Yara Kono, vencedor da 15ª edição do Prémio Nacional de Ilustração. Como tem sido habitual nos últimos anos, o cartaz será distribuído pelas Bibliotecas Municipais e por algumas livrarias literatura infantil.
Todos os anos, por esta ocasião, o IBBY – International Board on Books for Young People convida um autor para redigir uma mensagem dirigida a todas as crianças do mundo. Tendo por tema «Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro», coube este ano ao mexicano Francisco Hinojosa a redação da mensagem.
in: rcbp
terça-feira, 27 de março de 2012
Única livraria de poesia do país fecha as portas “sem dívidas”
Lisboa perdeu a sua única livraria exclusivamente dedicada à poesia. Lisboa e o país. A Poesia Incompleta era caso sem-par em Portugal até hoje, terça-feira, dia em que fechou as portas. O proprietário, Mário Guerra, admite reabrir num outro espaço, mas não consegue esconder a profunda desilusão com o rumo do país.
"Está a respirar-se mal neste país. Este país não é para velhos, nem para novos, nem para os do meio. Estou a pensar emigrar, como sugeriu um ministro qualquer”, afirma ao PÚBLICO, num tom irónico que o leva a dizer que vai “doar” os volumes de poesia que sobraram na livraria ao ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
O que é dizer muito. A Poesia Incompleta tem um fundo de oito a dez mil volumes de e sobre poesia, em mais de 30 línguas, e com mais de 260 editoras, segundo a Lusa. A livraria, que estava aberta ao público desde Novembro de 2008, tinha três salas por onde se espalhava todo este espólio, que incluía raridades e antiguidades.
Mário Guerra partilhou os títulos que foram chegando à livraria ao longo destes quase três anos e meio no blogue onde, nesta segunda-feira, anunciou o fim da linha para a Poesia Incompleta. A curtíssima nota acabava com a possibilidade de abrir num outro espaço: “Amanhã, a PI fechará portas. Espera-se que as reabra em breve, num novo local.”
Questionado pelo PÚBLICO sobre a eventual reabertura, volta a ironizar: “Vamos reabrir no estádio nacional”. O que Mário Guerra enfatiza é que a Poesia Incompleta chega ao fim “sem uma única dívida”. “A Poesia Incompleta fecha sem ninguém poder dizer que temos sequer uma dívida. E isso é óptimo. E raro.”
“Não quero relacionar de maneira nenhuma o fecho da minha livraria com o fecho das outras. A Poesia Incompleta fecha porque tem de fechar”, acrescenta. “Não me queixo de nada. A crise é espiritual.”
O que é dizer muito. A Poesia Incompleta tem um fundo de oito a dez mil volumes de e sobre poesia, em mais de 30 línguas, e com mais de 260 editoras, segundo a Lusa. A livraria, que estava aberta ao público desde Novembro de 2008, tinha três salas por onde se espalhava todo este espólio, que incluía raridades e antiguidades.
Mário Guerra partilhou os títulos que foram chegando à livraria ao longo destes quase três anos e meio no blogue onde, nesta segunda-feira, anunciou o fim da linha para a Poesia Incompleta. A curtíssima nota acabava com a possibilidade de abrir num outro espaço: “Amanhã, a PI fechará portas. Espera-se que as reabra em breve, num novo local.”
Questionado pelo PÚBLICO sobre a eventual reabertura, volta a ironizar: “Vamos reabrir no estádio nacional”. O que Mário Guerra enfatiza é que a Poesia Incompleta chega ao fim “sem uma única dívida”. “A Poesia Incompleta fecha sem ninguém poder dizer que temos sequer uma dívida. E isso é óptimo. E raro.”
“Não quero relacionar de maneira nenhuma o fecho da minha livraria com o fecho das outras. A Poesia Incompleta fecha porque tem de fechar”, acrescenta. “Não me queixo de nada. A crise é espiritual.”
quinta-feira, 22 de março de 2012
"O Alfabeto trapalhão"
Editado pela Editora GATAfunho, "O Alfabeto trapalhão", com texto de Lurdes Breda e ilustrações de Rute Reimão, é uma obra de poesia direccionada para crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Através de rimas cheias de nonsense, todas as letras do alfabeto se juntam, para formarem palavras, mostrando como isso pode ser estimulante e divertido. As histórias nascem assim, letra a letra, e a imaginação não tem limites... Por isso, pelas páginas deste "Alfabeto Trapalhão" podem descobrir-se: um B com duas barrigas, um dinossauro que cai, redondo, no chão, um hipopótamo sonolento, um I com os cabelos em pé, um palhaço trapalhão, um N que faz o pino, um pinguim pateta, um soldadinho a marchar, um S a assobiar, um cowboy que faz parapente, um Z a ziguezaguear e muitas outras personagens engraçadas, em ilustrações cheias de cor e fantasia.
As mãos da Rute misturaram retalhos de cartas com comboios de sonhos, cartões e cartolinas com sorrisos de alegria, papéis velhos e novos com montanhas de ideias, tesoura e cola com muita brincadeira, e tintas e lápis coloridos com nuvens de magia…
Portugal- Bolonha 2012: Entrevista a Eduardo Filipe e Ju Godinho
Eduardo Filipe e Ju Godinho, Comissários de Portugal-Bolonha 2012, começaram a coleccionar ilustrações de autor há cerca de vinte anos e nunca mais pararam. Em 2003, lançaram a primeira Ilustrarte – Bienal Internacional de Ilustração para a Infância, que em cinco edições se tornou um palco partilhado pelos melhores ilustradores portugueses e estrangeiros. Em 2008, levaram a exposição Ilustrações.pt ao Palazzo d’Accursio, reunindo 13 dos nossos melhores ilustradores. Foi uma antevisão bem sucedida para o que poderia ser a representação oficial de Portugal como País Convidado da Feira do Livro Infantil de Bolonha, que decorre entre 19 e 22 de Março. Este ano, as cerejas chegaram mais cedo. Estamos prontos.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
O que é o amor?
“O que é o amor?”, questiona-se Emma.
Pergunta à mamã romântica, ao papá adepto de futebol, à avó doceira e ao avô apreciador de automóveis.
Todos lhe dão respostas diferentes. Como é que o vai encontrar?
Emma sente a cabeça a andar à roda.
Emma quer saber o que é o amor. E começa por perguntá-lo à sua amiga Anita, que logo lhe diz ser “uma coisa dos adultos”. Mãe, pai, avó e avô são de imediato inquiridos.
De cada um ganha uma resposta diferente: “É uma coisa que se abre lentamente… como as flores na Primavera”; “é uma coisa que chega sem avisar, como quando a tua equipa marca um golo, Paf!, mesmo no último minuto do jogo; “é uma coisa fofinha e perfumada como um bolo”; “o amor? Isso aquece o coração como um motor que arranca a todo o gás!”. Um pouco confusa, Emma continua a sua investigação, querendo saber agora de que cor é o amor, que forma tem, se é doce ou salgado, grande ou pequeno.
Davide Cali (autor do maravilhoso Eu Espero…) e Anna Laura Cantone aliam a ternura ao humor, não deixando que o tema se torne demasiado delicodoce. Dois talentos que fizeram muito bem em juntar-se aqui. O resultado é um livro encantador.
in: Rita Pimenta in Jornal Público
Subscrever:
Mensagens (Atom)