A Evolução do desenho infantil (Parte III)
Para Luquet (1969), outro autor que descreve as etapas da expressão gráfica, a evolução do desenho passa por cinco estádios que vão acompanhando o desenvolvimento motor e psicológico da criança, até atingir as características inerentes ao desenho de um adulto.
No primeiro estádio (até aos dois anos) a criança realiza traços ainda desprovidos de qualquer significado ou semelhança com o real, são as garatujas.
Num segundo estádio (dos dois aos três anos), a criança descobre que os traços desenhados se parecem com algo conhecido, imprimem-lhe um significado e começam a tentar reproduzi-los até atingirem uma forma próxima do real apreendido. Dá-se aqui a passagem do "realismo fortuito" ao "realismo intencional".
No terceiro estádio (dos três aos quatro anos), o do "realismo falhado", a criança ainda não consegue um desenho perfeito, dada a sua imaturidade motora (controle dos movimentos gráficos) e psicológica (dificuldade em concentrar a atenção e em relacionar os elementos do objecto a desenhar, como por exemplo acaba de desenhar um traço e já não se lembra o que se lhe segue).
No quarto estádio (a partir dos quatro anos), o do "realismo intelectual", o desenho já é considerado realista, já contém os elementos todos que compõem o objecto, acrescentando ainda os elementos abstractos que a criança lhe atribui, como por exemplo, legenda as figuras, escreve-lhes os nomes, como se fosse uma característica da figura desenhada.
Tenta uma representação o mais objectiva possível, sendo os desenhos muito completos, utilizando destaque dos elementos do objecto real quando se oculta um outro; transparência (mesa dentro da casa, por exemplo), planificação, rebatimento e mudança de ponto de vista. Considera-se esta fase, em que tudo é revelado no seu todo, o estádio de ouro do desenho infantil.
No quinto estádio (dos oito aos nove anos), à transparência do período anterior sucede a opacidade, aos rebatimentos e mudança de ponto de vista sucede a perspectiva. Entramos assim no último estádio o do "realismo visual". Encontra-se já a lógica e a preocupação estética que aliadas à crítica do seu desenho, constituem as características do desenho do adulto.
Esta classificação tem sido muito contestada pois o fim do desenvolvimento do grafismo, o realismo visual, é a submissão às normas do adulto, à linearidade, à ideologia de uma estética ultrapassada.
Para Luquet (1969), outro autor que descreve as etapas da expressão gráfica, a evolução do desenho passa por cinco estádios que vão acompanhando o desenvolvimento motor e psicológico da criança, até atingir as características inerentes ao desenho de um adulto.
No primeiro estádio (até aos dois anos) a criança realiza traços ainda desprovidos de qualquer significado ou semelhança com o real, são as garatujas.
Num segundo estádio (dos dois aos três anos), a criança descobre que os traços desenhados se parecem com algo conhecido, imprimem-lhe um significado e começam a tentar reproduzi-los até atingirem uma forma próxima do real apreendido. Dá-se aqui a passagem do "realismo fortuito" ao "realismo intencional".
No terceiro estádio (dos três aos quatro anos), o do "realismo falhado", a criança ainda não consegue um desenho perfeito, dada a sua imaturidade motora (controle dos movimentos gráficos) e psicológica (dificuldade em concentrar a atenção e em relacionar os elementos do objecto a desenhar, como por exemplo acaba de desenhar um traço e já não se lembra o que se lhe segue).
No quarto estádio (a partir dos quatro anos), o do "realismo intelectual", o desenho já é considerado realista, já contém os elementos todos que compõem o objecto, acrescentando ainda os elementos abstractos que a criança lhe atribui, como por exemplo, legenda as figuras, escreve-lhes os nomes, como se fosse uma característica da figura desenhada.
Tenta uma representação o mais objectiva possível, sendo os desenhos muito completos, utilizando destaque dos elementos do objecto real quando se oculta um outro; transparência (mesa dentro da casa, por exemplo), planificação, rebatimento e mudança de ponto de vista. Considera-se esta fase, em que tudo é revelado no seu todo, o estádio de ouro do desenho infantil.
No quinto estádio (dos oito aos nove anos), à transparência do período anterior sucede a opacidade, aos rebatimentos e mudança de ponto de vista sucede a perspectiva. Entramos assim no último estádio o do "realismo visual". Encontra-se já a lógica e a preocupação estética que aliadas à crítica do seu desenho, constituem as características do desenho do adulto.
Esta classificação tem sido muito contestada pois o fim do desenvolvimento do grafismo, o realismo visual, é a submissão às normas do adulto, à linearidade, à ideologia de uma estética ultrapassada.
EC
Bibliografia: Luquet, G. H. (1969) . O desenho infantil. Porto: Livraria Civilização.
Bibliografia: Luquet, G. H. (1969) . O desenho infantil. Porto: Livraria Civilização.
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